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Sobre ex-namorados (ou sobre como se expor da maneira errada na internet)

Ex-namorado é um bicho bem esquisito; é um assunto que eu domino bem pouco. Não lido muito bem com o fato de que um dia ele tá dizendo que te ama, que você é o amor da vida dele, perguntando se vocês vão ficar juntos pra sempre, pra logo em seguida terminar e nem te cumprimentar na rua. Essa transição pra mim é brusca demais! E o pior, eu nem sei dizer se uma transição lenta é mais saudável. Eis o desafio: como terminar o namoro de uma forma saudável?

Quero dizer, dos meus dois finais, dois foram turbulentos. O problema não é a quebração de pau na hora do fim, e sim o after: como agir, cumprimentar, não cumprimentar, pular no pescoço e xingar palavrões em público…? É claro que nas primeiras semanas depois do fim, você vai ter certeza de que teria toda a razão do mundo se fizesse um barraco – se você é dos meus, claro, fadado a sempre ser o lado que entra com a bunda enquanto o namorado entra com o pé.

Porém, depois que você consegue tomar seu primeiro banho depois de seis meses de choro quase ininterrupto, depois que você passa seu primeiro perfume e se sente a pessoa mais ridícula do mundo passando a primeira maquiagem, surge essa questão maldita. O ódio já deu uma amainada. O amor já não tem esperança nenhuma, e você passa a dizer a si mesmo que era mesmo impossível conviver com os defeitos dele. Tá, agora vocês fazem o quê?

Acho revoltante quando eu saio do meu caminho pra tentar fazer as coisas ficarem menos difíceis e tomo na cara. Quero dizer, você tenta normalizar as coisas na medida do possível, cumprimentar, perguntar como a pessoa está, bobagens – não é como se eu quisesse bancar a melhor amiga, não. E tipo, você acaba só tomando na cara. É de deixar qualquer um doido! Essas relações entre ex namorados pra mim são malucas demais. Simplesmente não entendo como alguém pode te amar tão profunda e loucamente e de repente PUF. Você não só não é mais amado, como também se torna um elemento incômodo na vida do seu, digamos, “amor”.

Como diria o cara do Terça Insana: “Eu fico puto!”

8 comentários em “Sobre ex-namorados (ou sobre como se expor da maneira errada na internet)

  1. É por isso que adoto a cômoda postura do “ex bom é ex morto”. Quanto mais longe, melhor. Se eu vivia bem antes de conhecê-lo, depois de passada a dor, a raiva, a tristeza e o “amor”, só sobra a indiferença. E, indiferente por indiferente, eu sou indiferente a qualquer desconhecido na rua. Então, os meus ex por quem eu não tenho mais nenhum sentimento são conhecidos desconhecidos. (para não serem incômodos conhecidos)…

  2. então.. é um trem meio dificil mesmo!
    mas nisso eu acho que tive sorte: eu q terminei com todos os meus namorados, e na verdade, n era tao apaixonada assim..
    e o melhor: nenhum era do meu convivio, entao nunca mais vi haha

  3. Desde cedo eu descobri o quão estranhas e frágeis são as relações humanas… e olha que a vida não cansa de me repetir isso!

    Por isso que às vezes eu acho super fake o relacionamento Seinfeld & Elaine. Quer dizer, se o seriado explora tanto as desgraças da vida adulta, deveria também mostrar como ex-namorados estão sempre envoltos numa atmosfera traumática, como se ao amor e à cumplicidade correspondessem o ódio e a indiferença.

    Sem falar no par confiança x desconfiança. Ou seja, depois do término, cada um acha que o ex é alguém muito manipulador que provavelmente desperdiça todo o seu tempo tramando algo contra si (tal como acontece nas novelas).

    Por isso às vezes fico pensando que a nossa forma de amar e estar com alguém é uma das maiores provas de nossa inaptidão, ou o indício de que nascemos apenas para relações superficiais, que são sempre mais fáceis, estáveis, previsíveis. Assim, um dos nossos maiores desafios é descobrir se o melhor é deixar de amar ou se há alguma maneira não (auto)destruidora de amar.

  4. Amanda, sucesso o seu blogue! Olha, concordo com a Aline que fomos educados para relações superficiais, e assim fazer a linha educada sem falar nos sentimentos que ficam depois que o amor passa. Ex namorado é sempre uma pedra no sapato. A gente pensa: Como pude me envolver com uma pessoa tão diferente de mim? Mas enquanto o amor estava presente, as esperanças e os desejos borbulhavam. Na verdade, é ótimo o ex se tornar ex. Pois se temos uma quantidade X de erros para encontrar o acerto no amor, esse ex é menos um em nossas vidas. E aí, é ótimo! Vamos lindonas, de banho tomado, maquiagem e batom nos jogar novamente em novas relações, porque a gente merece o amor, lógico! Bjão, Flor

  5. Não vejo sentido em manter relações com quem já morreu. Independente se foi assassinato ou suicidio. . Falecido é falecido, não pega bem ficar falando com fantasmas. Nem que seja para ser educado e cumprimentar. Algumas vezes ser mal educado e fingir de cego é melhor até pra nós mesmas. Eles pensam na gente nessa hora? Então pq pensar neles? Se eu não to afim de cumprimentar, de falar, eu não falo mesmo.
    Discordo do fato de nascermos para relações superficiais. Não é isso. O problema é que a gente insiste em repetir comportamentos. E nisso inclui as ricas joias. Então os relacionamentos acabam de maneira semelhante pq a gente age sempre da mesma maneira e sempre arruma parceiros parecidos. Talvez a questão seja tentar fazer diferente. Olhar para meninos diferentes. Eles existem, é fato. E sempre ter em mente que se o cara te fez chorar, ele não te merecia. Então não foi tu que perdeu ele, mas ele quem te perdeu. 😉
    Enfim, pior que ex-namorado é ex-marido. AFFE!

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